Será que é possível realizar tratamento de dependentes com TCC? Hoje vamos falar sobre a dependência e sobre como o TCC pode ajudar no tratamento.
A dependência química é uma doença multifatorial e de diagnóstico complexo.
Seus critérios estão descritos tanto na Organização Mundial da Saúde como na Associação Americana de Psiquiatria, sendo reconhecida como doença desde 1960, sendo progressiva, primária, incurável, fatal, mas tratável.
A dependência química atinge 4 entre 10 famílias brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (ABEAD).

Um dado alarmante de um problema cada vez mais visível na sociedade, que há algum tempo já é considerado doença pela Organização Mundial da Saúde.
Nas últimas décadas, houve um avanço no uso da Terapia Cognitivo Comportamental aplicada a diversos transtornos: ansiedade; personalidade; transtornos alimentares; e transtornos relacionados às substâncias psicoativas.
A dependência química causa prejuízos às principais áreas de funcionamento da vida de uma pessoa.
Novas formas de intervenções terapêuticas estão sendo aplicadas para auxiliar os dependentes químicos a ampliar suas estratégias de enfrentamento frente às diversas situações de risco em seu cotidiano.
O sucesso de um tratamento para a dependência tem suas raízes baseadas em alguns pilares:
•    A conscientização do problema (aceitação do transtorno);
•    A mudança de estilo de vida;
•    E o desenvolvimento de habilidades tanto de enfrentamento como para evitar situações de alto risco para recaída.
Dentro das abordagens desenvolvidas, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) mostra-se eficaz para a recuperação destes pacientes.
Em um programa completo para a TCC das habilidades sociais e de enfrentamento de situações de risco, são incluídas técnicas para o processo de reestruturação cognitiva, técnicas para a resolução de problemas e técnicas para o treino de habilidades propriamente ditas.
Considerando este marcador geral, a Terapia Cognitivo Comportamental é uma abordagem estruturada ou semi estruturada, diretiva, ativa e de prazo limitado.
Ela se fundamenta na racionalidade teórica de que o afeto e o comportamento de um indivíduo são, em grande parte, determinados pelo modo como ele estrutura o mundo.
Neste sentido, mais importante que a situação real, é a avaliação que o indivíduo faz dela.