Uma graduação de 5 anos, estágios em diferentes áreas, incontáveis relatórios, leituras que atravessam noites e discussões de casos até pelos corredores: assim é a formação básica de um psicólogo!

Você aprende sobre as mais variadas abordagens teóricas, vai desvendando os transtornos e aprendendo sobre a riqueza da mente humana. Isso deveria ser o suficiente para você sair segura da faculdade, não é mesmo? 

Bom...talvez, mas não é o que se percebe na realidade. Na prática vemos colegas inseguras com sua atuação profissional, sentem-se despreparadas, como se não pudessem lidar e intervir nos casos.

Por isso, mergulham, novamente, nos estudos e vão se distanciando daquilo que é tão necessário quanto para aprenderem: a atuação prática!

Para qualquer pessoa que lida com o ser humano estar em constante estudo é essencial, no entanto, é preciso cuidar para não cair na ilusão de que em algum momento você estará totalmente pronta. Não, infelizmente, isso não irá ocorrer, considerando que, sempre você poderá assimilar algo novo, absorver outros aprendizados e se surpreender com algo não pensado anteriormente.

Colega, eu sei o medo que você sente, seja você que saiu da graduação agora ou você que está há mais tempo graduada. Formar-se e conduzir um caso é uma tarefa que exige responsabilidade e, nesse momento, seus pensamentos automáticos vão pipocar: “e se eu não conseguir ajudar?”, “e se for uma demanda que eu não entendo o suficiente” ou ainda “eu não está pronta para isso”, e então suas crenças podem se ativar.

Você questiona sua capacidade, competência e maturidade. A insegurança toma conta e ansiedade insiste em te acompanhar, o que te afasta ainda mais da ideia de praticar.

Mas, se há algo que a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) nos prova é que para perder esse medo você precisa ressignificar, tentar e ousar. A TCC mostra que o caminho para reduzir o medo é se expondo, se você não se sente preparada, é importante sim, pesquisar, se atentar e se atualizar, porém, se aprofundar nos estudos é algo que precisa ocorrer em paralelo a prática, a verdade é que você não terá “o momento” ideal. 

O momento de começar é agora, você já foi aprovada nos requisitos necessários para se formar, você atingiu as médias e foi declarada apta a psicóloga se intitular. 

A insegurança pode ser resultante das suas crenças, mas estas podem estar distorcidas. Desta forma, você pode estar se privando de atender devido a ideias que nem são absolutamente verdadeiras. 

É normal ficar com medo, é normal se questionar, é normal em algum momento duvidar. Tudo isso faz parte, inclusive, por isso é muito recomendado que você também faça a sua terapia pessoal, além disso, uma supervisão clínica.

Uma das técnicas mais utilizadas na TCC é a de resolução de problemas, colega psicóloga, use essa ferramenta para que ela te auxilie a começar, e assim, resolver eventuais problemas que surgirão.

Não domina a queixa? Pesquise sobre. Você não conhece ferramentas suficientes? Procure grupos de estudo. O paciente ativa suas crenças? Identifique-as e tente corrigi-las, afinal, a TCC estabelece a ideia de você também se tornar seu auto terapeuta. Sua formação foi precária? Busque instituições de referência.

E, se, ainda assim, focar nessas estratégias não for suficiente, procure ajude de um colega para que você realize a sua terapia e supervisão. Percebe? A prática clínica já pressupõe o suporte de um profissional mais experiente. Você não precisa lidar com esses receios sozinha. Alguém pode trilhar essa jornada contigo, para que você consiga auxiliar a conduzir outras jornadas!

O CETCC me ajudou na minha! Deixe-o te ajudar na sua trajetória também.

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Leila Sleiman 

Psicóloga Clínica

Especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental

CRP: 06/124906

Instagram: @psicologaleilasleiman/ Fanpage: Psicóloga Leila Sleiman El Kadri/ Youtube: AmpliaMente/ E-mail: le_sleiman@hotmail.com